Zeca Afonso morreu há 19 anos
Faz hoje 19 anos que morreu uma das figuras mais míticas da luta contra o fascismo: Zeca Afonso. Cantor e compositor, conciliou a música popular portuguesa e os temas tradicionais com a palavra de protesto. A voz da revolução de Abril acabaria por falecer em 1987, vítima de uma doença incurável.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929, filho de um magistrado e de uma professora primária. A infância repartiu-se entre Aveiro, Angola, Moçambique, Belmonte e Coimbra, devido às sucessivas deslocações profissionais do pai. A paixão pela música nasceu cedo, nos tempos de estudante, onde já se destacava como cantor de fados.
O ano de 1958 foi um dos marcos na sua história, com a gravação do primeiro disco "Baladas de Coimbra". Em simultâneo acompanhava o movimento que pretendia pôr Humberto Delgado na Presidência.
Entre 1967 e 1970, Zeca Afonso encabeçou uma intervenção política e musical sem precedentes. Converteu-se num símbolo da resistência ao regime de Salazar/Caetano, acabando por ser diversas vezes preso pela PIDE.
Em parceria com José Mário Branco, edita em 1971 o disco "Cantigas do Maio". É deste álbum que sai o tema "Grândola Vila Morena", que se tornaria um símbolo da revolução de Abril, como contra-senha.
Mesmo depois do 25 de Abril o seu carácter lutador não esmoreceu e, de cantor da resistência, passou a "cantor e actor da revolução", cantando sobre a reforma agrária e a descolonização.
O carácter interventivo das composições de Zeca Afonso atravessou toda a sua obra, desde Coimbra até ao final dos seus dias.
A esclerose lateral amiotrófica, doença que lhe foi diagnosticada em 1982, acabou por lhe tirar a vida aos 58 anos.
Recordo-me do concerto que assisti, no teatro aveirense, o Zeca já doente, cansava-se com facilidade, mas a voz permanecia inalterada, doce como o mel e suave como veludo!
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929, filho de um magistrado e de uma professora primária. A infância repartiu-se entre Aveiro, Angola, Moçambique, Belmonte e Coimbra, devido às sucessivas deslocações profissionais do pai. A paixão pela música nasceu cedo, nos tempos de estudante, onde já se destacava como cantor de fados.
O ano de 1958 foi um dos marcos na sua história, com a gravação do primeiro disco "Baladas de Coimbra". Em simultâneo acompanhava o movimento que pretendia pôr Humberto Delgado na Presidência.
Entre 1967 e 1970, Zeca Afonso encabeçou uma intervenção política e musical sem precedentes. Converteu-se num símbolo da resistência ao regime de Salazar/Caetano, acabando por ser diversas vezes preso pela PIDE.
Em parceria com José Mário Branco, edita em 1971 o disco "Cantigas do Maio". É deste álbum que sai o tema "Grândola Vila Morena", que se tornaria um símbolo da revolução de Abril, como contra-senha.
Mesmo depois do 25 de Abril o seu carácter lutador não esmoreceu e, de cantor da resistência, passou a "cantor e actor da revolução", cantando sobre a reforma agrária e a descolonização.
O carácter interventivo das composições de Zeca Afonso atravessou toda a sua obra, desde Coimbra até ao final dos seus dias.
A esclerose lateral amiotrófica, doença que lhe foi diagnosticada em 1982, acabou por lhe tirar a vida aos 58 anos.
Recordo-me do concerto que assisti, no teatro aveirense, o Zeca já doente, cansava-se com facilidade, mas a voz permanecia inalterada, doce como o mel e suave como veludo!
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