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segunda-feira, junho 13, 2005

A morte saiu à rua

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome p’ra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai


O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu


Teu sangue, pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou


Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.

1 Comments:

At 14 de junho de 2005 às 10:24, Anonymous Anónimo said...

Camarada,
O seu blog foi distingido como pertencendo ao top ten dos mais revolucionários do país.
Nesse sentido é com grande honra que vai passar a ter um link directo no site não oficial (ainda na clandestinidade) do comité central.
Avante camarada!

 

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