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Mais um blog, apenas.

domingo, novembro 27, 2005

Outono...

As minhas cores favoritas

Outono

sábado, novembro 26, 2005

The fool on the hill

My favourite from The Beatles:

Day after day, alone on the hill
The man with the foolish grin is keeping perfectly still
But nobody wants to know him
They can see that he's just a fool
As he never gives an answer
But the fool on the hillSees the sun going down
And the eyes in his head
See the world spinning around

Well on the way, head in a cloud
The man of a thousand voices talking percetly loud
But nobody ever hears him
Or the sound he appears to make
And he never seems to notice
But the fool on the hill
Sees the sun going down
And the eyes in his head
See the world spinning around

And nobody seems to like him
They can tell what he wants to do
And he never shows his feelings
But the fool on the hill
Sees the sun going down
And the eyes in his head
See the world spinning around

He never listen to them
He knows that they're the fools
They don't like him
The fool on the hill
Sees the sun going down
And the eyes in his head
See the world spinning around.

Estado laico

Reacção do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa à notícia de que o Governo se prepara para ordenar a retirada de todos os crucifixos das escolas públicas: "Como português, sinto-me chocado com esta orientação. Se os outros, de outras convicções, poderão ficar chocados, como diz o ministro, eu também estou e com certeza que, comigo, muitos milhões de portugueses, espero que os católicos portugueses se manifestem".
D. Jorge Ortiga chama a atenção para o facto de 95% dos portugueses se afirmarem católicos: "Se respeitamos a existência de outras confissões religiosas, pensamos que a matriz tradicionalmente cristã portuguesa também seja um sinal da diferença. A Igreja Católica vai agir em conformidade na sequência da retirada de crucifixos das escolas.".

Em defesa da medida já saiu o ministro da Justiça, Alberto Costa, sublinhando ser necessário respeitar a liberdade religiosa: "Para garantir a liberdade religiosa, não é legítimo expor símbolos que choquem com as convicções religiosas de outros, isso seria negar a liberdade religiosa".

O Ministério da Educação sublinha que não houve qualquer orientação nova sobre a questão dos crucifixos: "os casos relatados pelo DN correspondem, segundo a Direcção Regional da Educação do Norte, à aplicação da lei em situações concretas, resultantes de queixa apresentada em Abril pela associação "República e Laicidade", de acordo com a prática estabelecida pelos serviços".

Comentário:
Qual é a parte de "Estado Laico" que o Sr. Arcebispo de Braga não entende?!

quarta-feira, novembro 23, 2005

Guerras preventivas II

Prosseguindo a minha catarse, aponto agora os canos ao secretário da Defesa norte-americana, Donald Rumsfeld, que em 2003 prometeu uma guerra curta e uma saída rápida do Iraque...

.oO(devia ter consultado o bruxo Alexandrino...)

O dito Sr. veio agora admitir "erros de boa fé" nos dados dos serviços secretos, que conduziram à invasão contra aquele país: "Não há dúvida alguma no meu espírito de que houve pessoas que erraram de boa fé no que diz respeito às informações dos serviços secretos apresentadas nas Nações Unidas".

A oposição democrata tem acusado a administração Bush de ter manipulado a informação dos serviços secretos para exagerar a necessidade de entrar em guerra. Não se trata de uma acusação nova, tanto mais que já muita gente a defendia antes da guerra (eu era das que fui sempre contra a guerra por achar inverosímeis as provas americanas).

Para acabar, como se justifica a um povo massacrado por um ditador, colocado no poder por um determinado país, que esse mesmo país decidiu guerrear esse povo, baseado em "erros de boa fé"?!

Guerras preventivas I

Nunca percebi muito bem o que é uma guerra preventiva, quanto mais não seja, porque não consigo entender o alcance da prevenção: Afinal as guerras preventivas são para prevenir o quê???!!?

Posto isto, deixa-me bater mais um pouco no ceguinho, que é como quem diz, nos americanos e na sua inesgotável hipocrisia.

Na semana passada, após uma denúncia feita numa reportagem da RAI, posteriormente confirmada pelo Pentágono, ficámos a saber que o exército americano usou fósforo branco no Iraque em 2004, mais concretamente em Fallujah. Ainda assim, o porta-voz do Pentágono, Barry Venable, numa entrevista à televisão pública britânica BBC, afirmou: "O fósforo branco é apenas uma arma convencional, não química, costumamos usá-lo para iluminar locais escuros ou marcar alvos, além disso é uma arma incendiária e pode ser usada em combate contra o inimigo. Quando estamos perante forças inimigas escondidas, quando a nossa artilharia de potentes explosivos não tem impacto e quando queremos fazê-las sair dessas posições, uma das técnicas é lançar fósforo branco para a posição. Os efeitos combinados de fogo e do fumo fá-los-ão sair dos buracos para podermos matá-los com potentes explosivos."

APENAS ARMA CONVENCIONAL??!
E que tal deixarem-se de hipocrisias e admitirem que usaram armas químicas para combaterem fantasmas de amas químicas. É que apesar desta arma não estar incluída na Convenção sobre Armas Químicas, este documento lembra que uma arma deste teor é qualquer uma que cause a morte ou incapacidade através de acção química.

segunda-feira, novembro 21, 2005

"A origem das espécies" faz 146 anos

DarwinFoi em 24 de Novembro de 1859 que Charles Darwin publicou "A origem das espécies" com uma primeira edição de 1250 exemplares que esgotou no dia do lançamento. Este ano comemoram-se 146 anos de existência de um livro que teve fortes repercussões pelas suas propostas de evolução e de selecção natural, teoria com que explica como as espécies animais e vegetais evoluem. Darwin defendia que o meio ambiente selecciona os mais aptos enquanto os menos dotados são eliminados, transmitindo-se à geração seguinte as diferenças que facilitam a sobrevivência. Ao longo das gerações, essas características firmam-se e geram uma nova espécie.

Darwin nasceu em Shrewsbury, Inglaterra, em 1809, curiosamente o ano em que o francês Lamarck publicou a primeira síntese da teoria da evolução das espécies. Filho de uma família abastada – o pai era médico – estudou dois anos medicina em Edimburgo e fixou-se, de 1828 a 1831, em Cambridge. O facto de ser amigo de cientistas conceituados, nomeadamente do botânico John Henslow, levou-o a ser convidado a participar numa volta ao mundo no navio Beagle promovida em 1831 pela marinha inglesa. A expedição, que durou cinco anos, tinha o objectivo de aperfeiçoar e completar dados cartográficos. Foi uma viagem decisiva para fundamentar a sua teoria da evolução.
Colaborou com pesquisas realizadas nas costas e em ilhas da América do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Darwin teve a oportunidade de perceber as adaptações que aconteciam de acordo com cada ambiente, fossem as selvas brasileiras, as pampas argentinas e os Andes. Surpreendeu-se com o grande número de espécies de plantas e de animais que, até então, eram desconhecidos. O que lhe chamou mais atenção foram as incontáveis diversidades de tentilhões, que só conheceu no arquipélago dos Galápagos, situada na costa ocidental da América do Sul, a mil quilómetros do Equador, país a que hoje pertencem.

As observações feitas durante a viagem orientaram Darwin na pesquisa sobre a teoria da origem das espécies, o tema fundamental da sua obra, baseada na existência de uma permanente concorrência entre os indivíduos de cada espécie animal com a natureza a promover uma selecção natural.

Em 1859, Darwin publicou um resumo de seus estudos no livro sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida. Morreu de ataque cardíaco em 19 de Abril de 1882, tendo dedicado toda a sua vida à ciência.

sábado, novembro 05, 2005

Eleições... de novo


Nas próximas presidenciais há duas coisas que me entristecem e me deixam apreensiva...

Uma delas prende-se com o facto de um homem, com a craveira de Mário Soares, não perceber que o pano já caiu e passou a hora de sair de cena. Arrisca-se assim a ser lembrado não pelo papel preponderante que teve na história recente do país, mas sim, por estas eleições que pouco ou nada vão contribuir para a melhoria da sua imagem, isto para não dizer que só servirão para o denegrir (como de resto se tem visto pelo mau debate a que temos assistido...).

O outro motivo causador de tristeza e mesmo de algum pessimismo (já abordado neste blog), relaciona-se com o facto de os candidatos a Belém não trazerem nada de novo (sem demérito para eles).
Regressando à metáfora do teatro, voltam à cena para mais um encore, depois do pano caído e de existirem vários lugares vagos na plateia, por o público já não ter pachorra para mais (do mesmo).

Ao olhar o nosso país, só consigo pensar no título de um livro, escrito antes de sermos livres da ditadura de Salazar-Caetano, antes de sermos presos pela "ditadura" Soares-Cavaco: "Portugal e o futuro"!?